sábado, 5 de julho de 2008

Mulher de major será enterrada neste sábado

"O major foi liberado do hospital e passa bem". Texto da Rede Bahia.

 

Confesso que também fiquei indignada e cheguei a entrar em contato com o editor-chefe da Rede.

 

Raciocínio simples: mulher barbaramente executada, marido vai para atendimento e o resultado apresentado de que ele passa bem.

 

Recebi inúmeros e-mails de mulheres completamente ofendidas e indignadas.

 

Nem quando assassinadas brutalmente  as mulheres são respeitadas?



Jornalista Vera Mattos
Presidente da Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos
Dirigente da Seção Bahia - do Capítulo Brasil
do Fórum de Mulheres do Mercosul


--- Em sáb, 5/7/08, Territorio Mulher: Ana Maria C. Bruni <mulher@territoriomulher.com.br> escreveu:
De: Territorio Mulher: Ana Maria C. Bruni <mulher@territoriomulher.com.br>
Assunto: Mulher de major será enterrada neste sábado
Para: "Vera Mattos" <verinhamattos@yahoo.com.br>
Data: Sábado, 5 de Julho de 2008, 8:37

Vera
 
A mulher foi assassinada. Mulher de major da SSP. Por isso ninguem leva nada para frente nesta terra.
Ou se calam e ignoram as suas denúncias, ou são mortos.
Sem saída.
 
Ana Maria
 
 
 
 

Mulher de major será enterrada neste sábado

05/07/2008 - 0h37m

*Da Redação, com informações do BATV
redacao@portalibahia.com.br

Será enterrado neste sábado (5), o corpo de Glena Valdoiana Cedraz Santiago, de 38 anos, mulher de um major da PM, morta a tiros nesta sexta-feira (4), em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.

O corpo de Glena será enterrado na cidade de Ichu, a 160 quilômetros da capital.

Segundo testemunhas, Glena vinha sofrendo ameaças. Ela foi morta com quatro tiros no pescoço e na cabeça. O crime aconteceu por volta das 9h, no pátio de uma madeireira. Glena trabalhava no local como corretora de imóveis.

Visite o site do BATV

A vítima conversava com outros dois corretores e um ex-segurança da madeireira, quando dois homens em uma moto pararam a menos de cinco metros.

Com medo, as três testemunhas não quiseram dar entrevista. No depoimento à polícia, contaram que Glena chegou a comentar que, há dois meses, recebeu uma ameaça por telefone, logo após ter sofrido uma suposta tentativa de assalto.

A corretora era casada com o major da PM Alziberto Pereira, que trabalha na Secretaria de Segurança Pública. Ao saber do assassinato, o major passou mal e foi medicado num hospital em frente ao local do crime.

Glena deixou um filho de 11 anos. Amigos e parentes acompanharam emocionados o trabalho da polícia.

As testemunhas do assassinato foram encaminhadas à Polícia Técnica para fazer o retrato falado dos homens que estavam na moto. O major foi liberado do hospital e passa bem.



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